Adiando os sintomas de Alzheimer com treinamento cerebral
A doença de Alzheimer é uma das mais temidas na atualidade, pois trata-se de uma doença que afeta o cérebro e causa a perda progressiva e irreversível das funções mentais. Como forma de alertar o mundo, o dia 21 de setembro foi eleito o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e, nesta época do ano, várias associações ao redor do mundo realizam atividades para informar a população sobre a doença.
Essa mobilização é importante porque um relatório divulgado pela Alzheimer Disease International indica que 75% dos portadores de Alzheimer não são diagnosticados e, consequentemente, não são orientados em como amenizar seus sintomas. Estima-se que 36 milhões de pessoas convivam com o problema no mundo.
Apesar de ainda não haver cura, pesquisadores têm descoberto que é possível adiar o aparecimento dos sintomas da doença de Alzheimer e, com isso, proporcionar qualidade de vida aos pacientes por mais tempo. Um estudo conduzido por uma equipe canadense de pesquisadores encontrou novas evidências de que o treinamento cerebral em idosos pode melhorar significativamente a memória e adiar os primeiros sintomas da doença de Alzheimer em 2 a 3 anos.
Os resultados publicados na revista Brain – A Journal of Neurology indicam que a esperança para idosos com risco de desenvolverem Alzheimer pode estar na plasticidade cerebral. De acordo com autora principal deste estudo, a Dra. Sylvie Belleville, da Universidade de Montreal, pensava-se que aplasticidade cerebral diminuía com a idade, entretanto o estudo demonstrou que esse não é o caso, mesmo nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.
A hipótese que ficou comprovada com este estudo é de que certas células tradicionalmente envolvidas em outros processos do cérebro poderiam temporariamente ser recrutadas para auxiliar através de um simples programa de treinamento de memória, uma vez que elas ainda não haviam sido atingidas pela doença.
Os pesquisadores trabalharam com trinta idosos, sendo 15 saudáveis e 15 com comprometimento cognitivo leve (CCL), uma condição marcada por problemas de memória suficientes para serem notados e mensurados, mas ainda sem comprometer a independência da pessoa. As pessoas com CCL possuem um risco 10 vezes maior de desenvolverem a doença de Alzheimer.
Utilizou-se exames de ressonância magnética funcional para analisar a atividade cerebral nos dois grupos seis semanas antes do treinamento de memória, uma semana antes e também uma semana depois do treinamento. Antes do treinamento de memória, os exames mostraram atividade em áreas tradicionalmente associadas à memória e, como era esperado, uma atividade menor foi observada no grupo com CCL.
Após o treinamento, os exames dos idosos com CCL mostraram atividade aumentada nas áreas tradicionalmente associadas à memória, mas também em novas áreas do cérebro geralmente associadas ao processamento da linguagem, à memória espacial e de objetos, e ao aprendizado. Basicamente, a área saudável do cérebro assumiu novas funções no lugar da área comprometida.
Com isso, não apenas os pesquisadores conseguiram observar esse compartilhamento de tarefas entre áreas distintas do cérebro, mas também notaram uma melhora de 33% no número de respostas corretas dadas pelas pessoas com CCL durante uma tarefa de memória após o treinamento.
O programa de treinamento de memória utilizado foi desenvolvido para ajudar as pessoas com CCL a desenvolver estratégias, como o uso de mnemônicos, e promover a codificação e resgate, como através de listas de palavras, utilizando áreas alternativas do cérebro.
Essa mobilização é importante porque um relatório divulgado pela Alzheimer Disease International indica que 75% dos portadores de Alzheimer não são diagnosticados e, consequentemente, não são orientados em como amenizar seus sintomas. Estima-se que 36 milhões de pessoas convivam com o problema no mundo.
Apesar de ainda não haver cura, pesquisadores têm descoberto que é possível adiar o aparecimento dos sintomas da doença de Alzheimer e, com isso, proporcionar qualidade de vida aos pacientes por mais tempo. Um estudo conduzido por uma equipe canadense de pesquisadores encontrou novas evidências de que o treinamento cerebral em idosos pode melhorar significativamente a memória e adiar os primeiros sintomas da doença de Alzheimer em 2 a 3 anos.
Os resultados publicados na revista Brain – A Journal of Neurology indicam que a esperança para idosos com risco de desenvolverem Alzheimer pode estar na plasticidade cerebral. De acordo com autora principal deste estudo, a Dra. Sylvie Belleville, da Universidade de Montreal, pensava-se que aplasticidade cerebral diminuía com a idade, entretanto o estudo demonstrou que esse não é o caso, mesmo nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.
A hipótese que ficou comprovada com este estudo é de que certas células tradicionalmente envolvidas em outros processos do cérebro poderiam temporariamente ser recrutadas para auxiliar através de um simples programa de treinamento de memória, uma vez que elas ainda não haviam sido atingidas pela doença.
Os pesquisadores trabalharam com trinta idosos, sendo 15 saudáveis e 15 com comprometimento cognitivo leve (CCL), uma condição marcada por problemas de memória suficientes para serem notados e mensurados, mas ainda sem comprometer a independência da pessoa. As pessoas com CCL possuem um risco 10 vezes maior de desenvolverem a doença de Alzheimer.
Utilizou-se exames de ressonância magnética funcional para analisar a atividade cerebral nos dois grupos seis semanas antes do treinamento de memória, uma semana antes e também uma semana depois do treinamento. Antes do treinamento de memória, os exames mostraram atividade em áreas tradicionalmente associadas à memória e, como era esperado, uma atividade menor foi observada no grupo com CCL.
Após o treinamento, os exames dos idosos com CCL mostraram atividade aumentada nas áreas tradicionalmente associadas à memória, mas também em novas áreas do cérebro geralmente associadas ao processamento da linguagem, à memória espacial e de objetos, e ao aprendizado. Basicamente, a área saudável do cérebro assumiu novas funções no lugar da área comprometida.
Com isso, não apenas os pesquisadores conseguiram observar esse compartilhamento de tarefas entre áreas distintas do cérebro, mas também notaram uma melhora de 33% no número de respostas corretas dadas pelas pessoas com CCL durante uma tarefa de memória após o treinamento.
O programa de treinamento de memória utilizado foi desenvolvido para ajudar as pessoas com CCL a desenvolver estratégias, como o uso de mnemônicos, e promover a codificação e resgate, como através de listas de palavras, utilizando áreas alternativas do cérebro.
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