terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais"



Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bonnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte.
Para analisar a publicação, convidamos a Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. Confira abaixo.

1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim

“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.
“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.
“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto

“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.
“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.
“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.

3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos

“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.
“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.
“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos

“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.
“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.
“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.

5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz

“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.
“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.
“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.

Dica da especialista

“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.
“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.
De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.
Publicado em janeiro/2012.

"Sobre o HPV"


Perguntas e Respostas sobre o HPV

Equipe Oncoguia
Última atualização: 26/01/2012
1. HPV é uma doença sexualmente transmissível?
O papilomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais comum. Existem mais de 100 tipos de HPV. Mais de 40 deles podem ser transmitidas através do contato sexual.
Alguns tipos de HPV, principalmente o HPV 16 e HPV 18, podem causar câncer do colo do útero, enquanto outros tipos podem causar verrugas genitais ou verrugas em outras partes do corpo, tais como as mãos. HPV também pode causar câncer do pênis, de cavidade oral, garganta e de reto.

2. Quanto tempo depois do contato sexual a pessoa está infectada pelo HPV?
A infecção ocorre duranto o contato sexual. Não importa quanto tempo passou desde que você teve relações sexuais com alguém que tem HPV, se esta relação tiver ocorrido sem a devida proteção (camisinha), você pode ter se infectado com o HPV. Pelo menos metade de todos os homens e mulheres sexualmente ativos têm o vírus em algum momento de suas vidas.

3. Como sei se eu tenho o HPV?
A maioria das pessoas não sabe que tem HPV. No entanto você pode ter um dos tipos que causam verrugas, ou mesmo câncer, e ficará sabendo da presença do HPV após a constatação destas lesões consequentes ao virus.
As verrugas genitais podem ser confundidas com outros problemas de pele que não são sexualmente transmissíveis. Verrugas genitais não necessáriamente aumentam o risco de câncer do colo do útero, pois são causadas por diferentes tipos de HPV. O exame de Papanicolaou e testes para HPV podem ajudar a determinar se você porta o virus e está em risco para o câncer do colo do útero.

4. Como é transmitido o HPV?
HPV é transmitido através de qualquer tipo de contato genital desprotegido. Isso significa sexo vaginal, sexo oral e sexo anal. HPV também pode ser transmitido através de parceiros do sexo oposto ou do mesmo sexo.
Em casos raros, uma mulher grávida com HPV pode transmitir o vírus ao recém-nascido durante o parto. O HPV pode causar verrugas na garganta do recém-nascido, doença conhecida como papilomatose respiratória recorrente.

5. Como você pode se proteger contra o HPV?
Os preservativos de látex (camisinha) podem diminuir suas chances de contagio ou transmissão do HPV se você usá-los corretamente durante todo o acto sexual do começo ao fim. Você também pode proteger-se, limitando o número de parceiros sexuais que você tem. A vacina contra o HPV diminui drasticamente a infecção por alguns tipos de HPV que podem causar o  câncer do colo do útero e verrugas genitais. A vacina é recomendada para homens e mulheres entre 9 e 26 anos. A vacina não impede o contato com o virus, mas estimula o sistema imune a combater o virus, de modo a impedir a infecção crônica por este virus. 
O HPV pode infectar áreas que não são cobertas por um preservativo. Se você ou seu parceiro tem verrugas genitais, você não deve ter relações sexuais até que sejam tratadas e curadas . O vírus se espalha pelo contato de pele com pele, ou mucosa com mucosa.
 
6. Que tipo de câncer pode ser causado pelo HPV?
O câncer do colo do útero é o câncer mais comum causado pelo vírus HPV. Se você for mulher, é importante fazer o Papanicolaou regularmente para detectar células anormais no colo do útero. A vacina contra o HPV, se aplicada corretamente, pode prevenir alguns tipos de HPV que causam câncer do colo do útero, câncer de canal anal, câncer na vulva e o câncer vaginal. Outros tipos de vírus HPV podem causar cânceres menos comuns, incluindo o câncer de boca e câncer do pênis ou do reto.

7. Quantas mulheres terão câncer do colo do útero no ano de 2012?
Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer) para o Brasil, no ano de 2012, esperam-se 17.540 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o mais incidente na região Norte (24/100 mil). Nas regiões Centro-Oeste (28/100 mil) e Nordeste (18/100 mil) ocupa a segunda posição mais frequente, na região Sudeste (15/100 mil), a terceira, e na região Sul (14/100 mil), a quarta posição.

8. O que são verrugas genitais?
Verrugas genitais não são cancerosas. Os tipos de HPV que causam verrugas genitais não causam verrugas em outras partes do corpo ou câncer. Nas mulheres, as verrugas genitais podem aparecer em torno da vagina e do ânus, no colo do útero, e em torno da vulva. Nos homens, as verrugas genitais podem aparecer no pênis, escroto e ânus. Elas podem ser sobresalientes ou planas, grandes ou pequenas, únicas ou múltiplas.

9. Ser portador do HPV sem sintomas também transmite o vírus?
O HPV pode ser transmitido mesmo se você não tem sintomas. A maioria das pessoas não apresentam sintomas da infecção e pode passá-lo para outra pessoa.

10. Você pode ter o HPV se tiver apenas um parceiro sexual?
Definitivamente pode-se diminuir as chances de contagio do HPV permanecendo em uma relação sexual monogâmica. Mas as pessoas que tiveram apenas um parceiro sexual em sua vida inteira ainda podem ter HPV. A única maneira realmente garantida de evitar o HPV é evitar todos os tipos de contato sexual desprotegido.
 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

"O Alzheimer pelo paciente"


Arthur Rivin – O Estado de S.Paulo

Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"Affonso Freitas mostra que a fonte da juventude existe"


Aos 80 anos, morador do Recreio, ainda surfa e diz que não sente dores há anos.
                                                                           
                        
Você já pensou em como gostaria de estar aos 80 anos? Que tal pegando onda, sem dores ou remédios? Pois esta é a rotina do surfista e empresário Affonso Freitas, que não permite que os cabelos brancos o afastem da praia.
Ele subiu numa prancha pela primeira vez aos 38 anos, após ter sofrido um acidente de carro que o deixou com três costelas quebradas. Enfrentando o preconceito dos que não levavam o esporte a sério, descobriu uma paixão que também funciona como terapia.
— Não tenho pressão alta ou diabetes e nem sei o que é dor de cabeça há 20 anos — comenta ele, que mora no Recreio e surfa no Posto 12.
Mas seu Freitas não faz isso sozinho, já que sua mulher, Júlia, e o filho Marcelo, tricampeão mundial, o acompanham. Eles ainda administram uma loja com artigos para surfistas na região.
O segredo de tanta saúde, física e mental, ele não se importa de revelar.
— Nunca bebi ou fumei e me alimento de forma equilibrada — ensina o surfista.

  http://oglobo.globo.com/barra/affonso-freitas-mostra-que-fonte-da-juventude-existe-

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"Marcos Paulo e a luta contra um câncer de esôfago""

                                                                     
Marcos Paulo fez testamento pensando no pior
Equipe Oncoguia


Em entrevista à revista "Quem", Marcos Paulo falou sobre os momentos difíceis que enfrentou durante a luta contra um câncer de esôfago. “Fiquei com muito medo de não ver minhas filhas”, revelou o diretor.

Já recuperado da doença, o diretor conta que se preparou para o pior. “Chamei advogado, fiz tudo (partilha de bens, testamento) para deixar o mínimo de trabalho se acontecesse alguma coisa na cirurgia”, disse.“A companhia da Antonia foi da maior importância. Há momentos que não sei o que teria acontecido se ela não estivesse ali”, complementou.

Depois do susto, Marcos Paulo revela que passou a ver a vida diferente. “A coisa mais importante é que posso levar a vida mais na brincadeira, não preciso ser tão sério quanto era.

Durante a entrevista, ele falou também sobre drogas. Segundo ele, na década de 70 chegou a usar várias substâncias. “Todo mundo fazia de tudo. Só que não tinha um sentido marginal. A gente experimentava uma droga e pegava um livro do [pintor Salvador] Dalí, e passava a noite discutindo Dalí e Fernando Pessoa”, ressaltou ele que admitiu ser vaidoso.

“Todo artista é vaidoso, o que não é vaidoso não é artista. Sempre lutei contra o sobrepeso, mas também perdia fácil."

Fonte:http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?id=4427&cat=167&menu=54

"10 fatos sobre o câncer"


                                                           
Equipe Oncoguia
Organização Mundial de Saúde reuniu 10 fatos sobre o câncer:

  1. Existe mais de 100 tipos de câncer; qualquer parte do corpo pode ser afetado.
  2. Em 2008, 7.6 milhões de pessoas faleceram de câncer - 13% de todas as mortes ao redor do mundo.
  3. Cerca de 70% de todos os óbitos por câncer ocorrem em países de baixa e média renda.
  4. Mundialmente, os 5 tipos mais comuns de câncer que matam mulheres são (em ordem de frequência): mama, pulmão, estômago, colorretal e colo de útero.
  5. Mundialmente, os 5 tipos mais comuns de câncer que matam homens são (em ordem de frequência): pulmão, estômago, fígado, colorretal e esôfago.
  6. Uso do tabaco é a maior causa evitável de câncer no mundo.
  7. Um quinto de todos os cânceres mundiais são causados por uma infecção crônica, por exemplo o vírus do papiloma humano (HPV) que causa o câncer de colo de útero, e o vírus da hepatite B (HBV) causa câncer de fígado.
  8. Mais de 30% de todos os cânceres podem ser curados se detectados precocemente e com tratamento adequado.
  9. Todos os pacientes em necessidade de alívio da dor podem ser ajudados pela aplicação do conhecimento atual sobre controle de dor e cuidados paliativos.
  10. Mais de 30% de todos os cânceres podem ser prevenidos, principalmente por não fumando, uma dieta saudável, ser ativo fisicamente e evitando infecções que podem ocasionar em câncer.

Fonte: OMS

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Melhores amigos"


                                               
Além de melhores amigos do homem, no Centro Integrado de Atendimento ao Idoso (CIAI), em São Paulo, os cães assumiram outro papel: terapeutas. A ideia é aproveitar da alegria e descontração dos animais para melhorar o bem estar dos cerca de 70 integrantes da clínica.
Para conviver com os idosos, os cães passam, primeiramente, por um treinamento. O intuito, no entanto, não é que o animal faça acrobacias, mas, sim, se torne mais sociável. “Nós treinamos os cães terapeutas para que eles sejam dóceis e amáveis com os pacientes, e não para dar cambalhotas ou responderem aos comandos ‘senta’ ou ‘deita’, por exemplo”, explica o adestrador Antônio Marcos de Lima, do Centro de Treinamento de Cães para Terapia/Cães Assistentes, em São Roque.
Todo o processo de adestramento dura cerca de nove meses. Num primeiro momento, o cachorro é orientado para ser sociável com outros animais e, na sequência, é apresentado às pessoas e aos objetos. “A convivência com os cães, auxiliadas por um psicólogo, podem trazer benefícios como (a melhora do) alongamento, reavivar a memória, para o tratamento de pessoas de todas as idades e com as mais variadas doenças”, conta Lima.
Segundo os profissionais do instituto, a aproximação dos animais com os idosos é imediata.. “O cão não tem preconceitos, não discrimina ninguém. O animal fica perto, dá atenção para quem estiver disposto a interagir com ele. Além disso, os idosos se lembram dos animais que tiveram e contam suas histórias”. Relata a terapeuta ocupacional Paula Amaral, antes de acrescentar: “essa convivência é muito positiva para idosos. Eles se movimentam mais, já que precisam abaixar para fazer carinho ou para escová-lo”.

http://delas.ig.com.br/comportamento/caes-auxiliam-no-tratamento-de-idosos/n1597566587129.html

Gentileza, pratique gentileza sempre!"

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Coca-cola Zero é proibida nos EUA. E no Brasil, sete refrigerantes têm substância cancerígena


         Equipe Oncoguia                                                             

Coca-cola Zero. Sukita Zero. Fanta Light. Dolly Guaraná. Dolly Guaraná Diet. Fanta Laranja. Sprite Zero. Sukita. Oito bebidas e duas substâncias altamente nocivas ao ser humano. Na Coca-cola Zero, está o ciclamato de sódio, um agente químico que reconhecidamente faz mal à saúde. Nos outros sete refrigerantes, está o benzeno, uma substância potencialmente cancerígena.Essa é a mais recente descoberta que vem sendo publicada na mídia e que só agora chega aos ouvidos das maiores vítimas do refrigerante: os consumidores. A pergunta que vem logo à mente é: “por que só agora isso está sendo divulgado?”. E, pior: “se estes refrigerantes fazem tão mal à saúde, por que sua venda é permitida?”.
Nos Estados Unidos da América, a Coca-cola Zero já é proibida pelo F.D.A. (Federal Drugs Administration), mas sua venda continua em alta nos países em desenvolvimento ou não desenvolvidos, como os da Europa Oriental e América Latina. O motivo é o baixo custo do ciclamato de sódio (10 dólares por quilo) quando comparado ao Aspartame (152 dólares/Kg), substância presente na Coca-cola Light. O que isso quer dizer? Simplesmente que mesmo contendo substância danosa à saúde, a Coca Zero resulta num baixo custo para a companhia, tendo por isso uma massificação da propaganda para gerar mais vendas.
Não basta o cigarro?
E a ironia não para por aí. Para quem se pergunta sobre os países desenvolvidos, aqui vai a resposta: nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e na maioria dos países europeus, a Coca-cola Zero não tem ciclamato de sódio. A luta insaciável pelos lucros da Coca-cola Company são mais fortes nos países pobres, até porque é onde menos se tem conhecimento, ou se dá importância, a essa informações.
No Brasil, o susto é ainda maior. Uma pesquisa realizada pela Pro Teste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – verificou a presença do benzeno em índices alarmantes na Sukita Zero (20 microgramas por litro) e na Fanta Light (7,5 microgramas). Já nos refrigerantes Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita, o índice de benzeno estava abaixo do limite de 5 microgramas por litro.
Só para se ter uma idéia, o benzeno está presente no ambiente através da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Agora, imagine isso no seu organismo ao ingerir um dos refrigerantes citados. Utilizado como matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon, o benzeno está relacionado a leucemias e ao linfoma. Contudo, apesar de seus malefícios, o consumo da substância não significa necessariamente que a pessoa terá câncer, pois cada organismo tem seu nível de tolerância e vulnerabilidade.
Corantes e adoçantes
Na mesma pesquisa da Pro Teste, constatou-se que as crianças correm um grande risco, pois foram encontrados adoçantes na versão tradicional do Grapette, não informados no rótulo. Nos refrigerantes Fanta Laranja, Fanta Laranja Light, Grapette, Grapette Diet, Sukita e Sukita Zero, foram identificados os corantes amarelo crepúsculo, que favorece a hiperatividade infantil e já foi proibido na Europa, e o amarelo tartrazina, com alto potencial alérgico.
Enquanto a pesquisa acusa uma urgente substituição dos corantes por ácido benzóico, por exemplo, a Coca-cola, que produz a Fanta, defende-se dizendo que cumpre a lei e informa a presença dos corantes nos rótulos das bebidas. A AmBev, que fabrica a Sukita, informou que trabalha “sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira”.
Por fim, a Refrigerantes Pakera, fabricante do Grapette, diz que a bebida pode ter sido contaminada por adoçantes porque as duas versões são feitas na mesma máquina e algum resíduo pode ter ficado nos tanques.
Quando será o fim dessa novela e da venda dos refrigerantes que contém substâncias nocivas à saúde, ninguém sabe. Mas enquanto os fabricantes deixam a ética e o respeito ao cidadão de lado em busca do lucro exacerbado, você tem a liberdade de decidir entre tomar esse veneno ou preservar a qualidade do seu organismo. Agora, é com você!


"Geriatria e Paliação"

                                                           

OMS publica guia de Cuidados Paliativos para população idosa
11 de janeiro de 2012
Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou em dezembro o livro Palliative Care for Older People: Better Practices (Melhores Práticas em Cuidados Paliativos para Idosos).
A publicação, em inglês,  trás o resultado do trabalho da OMS na Europa, em parceria com aEuropean Associatition of Palliative Care (EAPC). Entre os assuntos abordados estão: a urgência dos Cuidados Paliativos nos sistemas públicos de saúde, Cuidados Paliativos em pacientes com demências, estratégias de cuidados ao fim da vida na Inglaterra e definições de Cuidados Paliativos.
A Dra. Dalva Matsumoto, diretora da ANCP, fez uma avaliação da publicação:
PALLIATIVE CARE FOR OLDER PEOPLE: BETTER PRACTICES
A população mundial encontra-se num processo de envelhecimento progressivo, estando sujeita aos efeitos das doenças crônicas no final de vida. A demência é uma doença crônica ainda incurável e progressiva que pode ter um prognóstico de mais de 15 anos de evolução com fase de terminalidade que perdura por meses. Estima-se que ¼ da população com mais de 85 anos na Europa desenvolverá algum tipo de demência, o que corresponde a 4,6 milhões de casos novos/ano. A tendência é que este crescimento seja semelhante no restante do mundo, incluindo o Brasil. Reconhecer as necessidades desta população idosa é um desafio em saúde pública.
Esta publicação mostra exemplos de boas práticas em cuidados paliativos para a pessoa idosa. Sugere planejamento, suporte, orientação de serviços mais apropriados e efetivos para atender as necessidades deste seguimento, envolvendo a participação de entidades como a Associação Européia de Cuidados Paliativos e a Sociedade de Medicina Geriátrica da União Européia. Chama a atenção sobre as doenças que não o câncer e que afetam as pessoas idosas , lembrando que são doenças debilitantes, com necessidades específicas para sua abordagem, como as demências, as artrites e a osteoporose. Enfatiza a importância de uma abordagem conjunta entre as equipes de Cuidados Paliativos e as especialidades de atenção à saúde do idoso, incluindo a atenção primária e social. Reforça a necessidade de treinamento destas equipes para melhor atender as necessidades das pessoas idosas pois as síndromes que afetam estas pessoas, como a incontinência urinária e risco de quedas não são comumente abordadas nos livros textos de Cuidados Paliativos .
Reconhece que ainda não existe um treinamento adequado para o manejo de opióide para o tratamento da dor no idoso, nem conhecimento aprofundado da sua farmacocinética nestas pessoas e a relação da polifarmácia com as diversas comorbidades .
A publicação sugere a necessidade de mais pesquisas neste campo, integração de serviços, treinamento adequado, maior familiaridade dos profissionais no atendimento de doenças de longa evolução e chama a atenção para os desafios de comunicação no processo de cuidar da pessoa idosa.
Uma obra bastante criteriosa e abrangente com exemplos de serviços e modalidades de atenção,  abordagens e ainda algumas recomendações. Com certeza muito útil para todos os profissionais envolvidos com  atenção à saúde da pessoa idosa.
Dalva Yukie Matsumoto


Fonte: http://www.paliativo.org.br/noticias/