terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Eu sou 12 por 8"

                                                        
Vou escrever abaixo na íntegra, uma campanha da Sociedade Brasileira de Cardiologia, junto com o Departamento de Hipertensão Arterial, para conscientizar a população sobre os benefícios de manter a pressão arterial em níveis adequados e sobre os riscos da hipertensão arterial.

Sabe-se hoje e preconiza-se a Pressão Arterial 120X80 mmHg ( 12 por 8, nome dado a campanha) e sabe-se também que uma PA controlada, o paciente estará prevenindo a Demência Vascular.

Então meus queridos, boa leitura e controlem suas pressões!

O que é Hipertensão?


A hipertensão arterial, a popular pressão alta, é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura. Representa a principal causa de doenças cardíacas e circulatórias que são as que mais matam no Brasil e no mundo. Ela ocorre devido ao aumento sustentado da contração das paredes do coração, do cérebro, dos rins, dos olhos e das próprias artérias, fazendo com que estes órgãos adoeçam com mais facilidade.

A hipertensão deve ser tratada e acompanhada com muita atenção pelo próprio hipertenso, sob orientação médica durante toda a vida. O hipertenso deve buscar um estilo de vida saudável, principalmente com uma dieta adequada e a realização de exercícios físicos, além de tomar os medicamentos corretamente e sem interrupções.

Quais os sintomas da hipertensão?

A maioria das pessoas que tem hipertensão não se queixa de nada, por isso, ela é considerada uma doença silenciosa. Às vezes, dor de cabeça, tontura e mal-estar podem acontecer em quem tem pressão alta, mas não deve esperar o aparecimento de sintomas para iniciar o tratamento, pois é possível que quando a pessoa sinta alguma coisa diferente a hipertensão já tenha danificado o seu organismo de alguma maneira.

Quais as consequências da hipertensão?

A hipertensão torna os vasos endurecidos e estreitados e, com o passar dos anos, eles podem entupir ou romper-se. Quando isso acontece no coração, o entupimento de uma artéria leva à angina e pode ocasionar o infarto. O coração pode ainda aumentar de tamanho devido à pressão elevada e desenvolver a insuficiência cardíaca. No cérebro, o rompimento ou entupimento de uma artéria leva a "derrame" e à "trombose" cerebrais, que os médicos chamam de AVC, podendo ainda causar demência. No rim pode ocorrer dificuldade de filtração e sua paralisação. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o controle da hipertensão.

Qual o valor ideal da pressão arterial?

A pressão arterial não tem valores fixos, mas sim limites de variação. Consideram-se hipertensas as pessoas que apresentam a pressão arterial, medida várias vezes no consultório médico, igual ou maior que 140 por 90 mmHg, ou simplesmente 14 por 9. Mas o ideal é que a pressão esteja em torno de 120 por 80 mmHg(12 por 8). Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são considerados limítrofes.

O que o sal faz para quem tem pressão alta?

O sal de cozinha faz o corpo reter mais líquidos, o que faz a pressão subir. Além disso, o sódio, contido no sal provoca aumento da contração das artérias. Por isso, deve-se, sim, evitar o seu excesso, evitando-se o uso do saleiro e alimentos e temperos prontos.

Qual a importância do uso correto dos remédios?

Os remédios para o tratamento da hipertensão agem para diminuir a pressão e mantê-la controlada, sem picos. Por isso, o uso dos medicamentos deve ser contínuo, diário, nas doses e horários recomendados pelo médico. Eles tem papel fundamental no controle da hipertensão, evitando as complicações decorrentes da doença. Por isso não deixe de tomar os remédios, mesmo que sua pressão esteja controlada. Siga a orientação do seu médico.

Dicas para evitar o excesso de sal

-Use o mínimo de sal no preparo dos alimentos, substituindo-o por temperos naturais, como cebola, alho, salsinha, limão, pimenta,orégano, ervas aromáticas, vinagre;
-Evite acrescentar sal aos alimentos já prontos e prefira os alimentos em seu estado natural;
-Evite temperos industrializados, como ketchup, mostarda, molho shoyu e principalmente concentrados;
-Evite embutidos, como salsicha, mortadela, linguiça, presunto e salame; conservas, como picles, azeitona e alcaparras; patês e enlatados;
-Evite carnes salgadas, como bacalhau, charque, carne-seca e defumados;
-Evite o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos, nas sopas que vem em pacotes e em refrigerantes, dietéticos ou não;
-Evite queijos salgados, dando preferência ao queijo branco ou à ricota sem sal;
-Substitutos do sal ou sal diet podem ser úteis para algumas pessoas. No entanto, quem faz uso de determinados remédios ou tem problemas nos rins não pode usar substitutos do sal. Consulte o seu médico antes de usá-lo.

Orientações sobre o tratamento da Hipoertensão

_Associe os horários de tomar os medicamentos com atividades, como comer (café da manhã, almoço e jantar), ir dormir ou acordar;
_Mantenha os remédios em locais visíveis, próximos da geladeira ou da televisão, porém longe do alcance das crianças;
-Não corra o risco de ficar sem os remédios, providenciando uma nova caixa antes que as atuais acabem;
-Se possível, mantenha uma caixa de remédios em casa e outra no trabalho. Assim, se esquecer de tomar em casa, poderá fazê-lo no trabalho;
-Quando viajar, leve quantidade suficiente  de remédios para o período que estiver fora;
--Se forem vários medicamentos a tomar, faça uma lista com nome, dose e horários de cada um e deixe-a fixada em local visível. Muitas vezes eles podem ser tomados ao mesmo tempo (pergunte ao seu médico);
-Não deixe de tomar os medicamentos para hipertensão, mesmo que seja fim de semana. Não descontinue os medicamentos, mesmo se você for consumir bebidas alcoólicas, mas não exagere;
-Não interrompa o uso de medicamentos para hipertensão de maneira súbita e sem orientação do médico. Pode haver uma crise de elevação rápida da pressão com graves consequências;
-Nunca interrompa o tratamento por conta própria,seja porque o remédio acabou, porque a pressão está controlada, ou porque vai viajar;
-Caso sinta algo diferente com o uso dos remédios, consulte o seu médico.














segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Fumo é associado com aumento do risco de mal de Alzheimer, diz estudo"

                                                              
SÃO PAULO - Fumar muito na meia-idade pode aumentar até duas vezes o risco de desenvolver o mal de Alzheimer e outras formas de demência, segundo uma nova pesquisa publicada na última segunda-feira na revista Archives of Internal Medicine, que sairá em fevereiro de 2011 na edição impressa.
O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas dos Estados Unidos e da Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnósticos de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum) e demência vascular (a segunda forma mais frequente), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos voluntários era de 71,6 anos, a 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 pessoas (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia no período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco dessas doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral, e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também colabora com o estresse oxidativo e inflamações, que se estima serem importantes para a ocorrência de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores. 

Tópicos: AlzheimerDemênciaFumoCigarroTabacoVidaSaúde

"Esquecimento na velhice NÃO é normal"

                                                        


03/12/2010 - por Viviane Abreu
Hoje, pela manhã vim para o trabalho de taxi. Logo na subida da Ministro, um senhor 
de mais idade atravessou no meio da rua - fora da faixa de pedestres - obrigando
 o calmo motorista a frear bruscamente. Foi o motivo para engatarmos no 
assunto: idosos e suas causas.


Ele diz, então que acabava de lembrar-se que precisava ligar para a irmã mais 
velha pedindo para conversar com a mãe deles, de 83 anos, que havia subido
 numa cadeira e sentido tontura, pois é a única pessoa que a mãe ouve e respeita. 

Curioso como me soou muito familiar aos ouvidos... Podem imaginar como foi a
 conversa até o final do trajeto? 

A mãe dele trata-se com médico geriatra (que bom!) que considerou
 o esquecimento como normal da idade. Ponderei com o rapaz que pode não ser bem
 assim...

Ele, então, relatou que a mãe tem esquecido o fogo ligado, queima as panelas. 

Questionei-o quanto aos esquecimentos e problemas de saúde: ela é hipertensa.

1. Será que tem se esquecido de tomar os remédios também? 

2. Será que tem tomado os remédios em excesso porque esquece que já tomou?

3. Alguém está seguindo a caixa de medicação dela para saber se está sendo
 tomada corretamente? 

"Eu não havia pensado nisso", foi a resposta que freqüentemente ouvimos
 na prática.

"O que mais impressiona a família, continuou ele, é a apatia dela. Ela não
 era assim antes."
Portanto, a mãe desse rapaz tem esquecimentos percebidos pela família 
somados com a alteração de comportamento que facilmente é confundida
 com depressão, a APATIA 

Vejam bem, a orientação nesse caso, é que a família retorne ao médico,
 insista com ele que faça uma pesquisa mais aprofundada sobre as funções
 cerebrais através de pesquisa clínica e de aplicação de testes rápidos para
 memória e outras funções cognitivas, além de ajudar a manejar a situação
 de saúde, as alterações de comportamento e a orientar a família e 
cuidadores. 

Mesmo que um médico diga que não é Alzheimer, existem muito outros 
tipos de demência, inclusive a demência vascular que pode dar esse tipo 
de sintoma e tem que ser pesquisada e afastada como hipótese diagnóstica.


Fonte: http://www.abraz.com.br/noticia.php?Id=10

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Alois Alzheimer: o investigador do Cérebro"

                                                   
Ótimo artigo na revista Mente e Cérebro.


http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/alois_alzheimer_-_o_investigador_do_cerebro.html

"Alois Alzheimer"


Aloysius Alzheimer (Marktbreit, 14 de junho de 1864  Breslau, 19 de dezembro de 1915) foi umneurologista alemão conhecido sobretudo por ter sido o primeiro autor a reconhecer com entidade patognómica distinta a doença neurodegenerativa que hoje tem o seu nome (doença de Alzheimer ou  mal de Alzheimer).
Alzheimer trabalhou também com Emil Kraepelin,autor da primeira classificação moderna dos vários tipos de doença psicótica.

Vida e obra

Aloysius Alzheimer nasceu em 1864, na cidade alemã de Markbreit, Baviera. Estudou nas universidades de Tübingen e Würzburg.
Era filho de Eduard Alzheimer e Theresia Alzheimer, sua segunda esposa. Casou- se em 1894, com Nathalie Geisenheimer.
Em 1901 descobriu o que era a doença e como ela agia em nosso córtex. Foi uma grande descoberta.
Em 1906 apresentou, durante um congresso científico na Alemanha, a doença do cótex cerebral ( mal de alzheimer ). Junto com o Dr. Emil Kraepelim, também cientista, escreveu em 1910 o livro "manual de psiquiatria".
Alois morreu em 1915 por conta de uma grave infecção cardíaca.