terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Eu sou 12 por 8"

                                                        
Vou escrever abaixo na íntegra, uma campanha da Sociedade Brasileira de Cardiologia, junto com o Departamento de Hipertensão Arterial, para conscientizar a população sobre os benefícios de manter a pressão arterial em níveis adequados e sobre os riscos da hipertensão arterial.

Sabe-se hoje e preconiza-se a Pressão Arterial 120X80 mmHg ( 12 por 8, nome dado a campanha) e sabe-se também que uma PA controlada, o paciente estará prevenindo a Demência Vascular.

Então meus queridos, boa leitura e controlem suas pressões!

O que é Hipertensão?


A hipertensão arterial, a popular pressão alta, é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura. Representa a principal causa de doenças cardíacas e circulatórias que são as que mais matam no Brasil e no mundo. Ela ocorre devido ao aumento sustentado da contração das paredes do coração, do cérebro, dos rins, dos olhos e das próprias artérias, fazendo com que estes órgãos adoeçam com mais facilidade.

A hipertensão deve ser tratada e acompanhada com muita atenção pelo próprio hipertenso, sob orientação médica durante toda a vida. O hipertenso deve buscar um estilo de vida saudável, principalmente com uma dieta adequada e a realização de exercícios físicos, além de tomar os medicamentos corretamente e sem interrupções.

Quais os sintomas da hipertensão?

A maioria das pessoas que tem hipertensão não se queixa de nada, por isso, ela é considerada uma doença silenciosa. Às vezes, dor de cabeça, tontura e mal-estar podem acontecer em quem tem pressão alta, mas não deve esperar o aparecimento de sintomas para iniciar o tratamento, pois é possível que quando a pessoa sinta alguma coisa diferente a hipertensão já tenha danificado o seu organismo de alguma maneira.

Quais as consequências da hipertensão?

A hipertensão torna os vasos endurecidos e estreitados e, com o passar dos anos, eles podem entupir ou romper-se. Quando isso acontece no coração, o entupimento de uma artéria leva à angina e pode ocasionar o infarto. O coração pode ainda aumentar de tamanho devido à pressão elevada e desenvolver a insuficiência cardíaca. No cérebro, o rompimento ou entupimento de uma artéria leva a "derrame" e à "trombose" cerebrais, que os médicos chamam de AVC, podendo ainda causar demência. No rim pode ocorrer dificuldade de filtração e sua paralisação. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o controle da hipertensão.

Qual o valor ideal da pressão arterial?

A pressão arterial não tem valores fixos, mas sim limites de variação. Consideram-se hipertensas as pessoas que apresentam a pressão arterial, medida várias vezes no consultório médico, igual ou maior que 140 por 90 mmHg, ou simplesmente 14 por 9. Mas o ideal é que a pressão esteja em torno de 120 por 80 mmHg(12 por 8). Valores entre 12 por 8 e 14 por 9 são considerados limítrofes.

O que o sal faz para quem tem pressão alta?

O sal de cozinha faz o corpo reter mais líquidos, o que faz a pressão subir. Além disso, o sódio, contido no sal provoca aumento da contração das artérias. Por isso, deve-se, sim, evitar o seu excesso, evitando-se o uso do saleiro e alimentos e temperos prontos.

Qual a importância do uso correto dos remédios?

Os remédios para o tratamento da hipertensão agem para diminuir a pressão e mantê-la controlada, sem picos. Por isso, o uso dos medicamentos deve ser contínuo, diário, nas doses e horários recomendados pelo médico. Eles tem papel fundamental no controle da hipertensão, evitando as complicações decorrentes da doença. Por isso não deixe de tomar os remédios, mesmo que sua pressão esteja controlada. Siga a orientação do seu médico.

Dicas para evitar o excesso de sal

-Use o mínimo de sal no preparo dos alimentos, substituindo-o por temperos naturais, como cebola, alho, salsinha, limão, pimenta,orégano, ervas aromáticas, vinagre;
-Evite acrescentar sal aos alimentos já prontos e prefira os alimentos em seu estado natural;
-Evite temperos industrializados, como ketchup, mostarda, molho shoyu e principalmente concentrados;
-Evite embutidos, como salsicha, mortadela, linguiça, presunto e salame; conservas, como picles, azeitona e alcaparras; patês e enlatados;
-Evite carnes salgadas, como bacalhau, charque, carne-seca e defumados;
-Evite o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos, nas sopas que vem em pacotes e em refrigerantes, dietéticos ou não;
-Evite queijos salgados, dando preferência ao queijo branco ou à ricota sem sal;
-Substitutos do sal ou sal diet podem ser úteis para algumas pessoas. No entanto, quem faz uso de determinados remédios ou tem problemas nos rins não pode usar substitutos do sal. Consulte o seu médico antes de usá-lo.

Orientações sobre o tratamento da Hipoertensão

_Associe os horários de tomar os medicamentos com atividades, como comer (café da manhã, almoço e jantar), ir dormir ou acordar;
_Mantenha os remédios em locais visíveis, próximos da geladeira ou da televisão, porém longe do alcance das crianças;
-Não corra o risco de ficar sem os remédios, providenciando uma nova caixa antes que as atuais acabem;
-Se possível, mantenha uma caixa de remédios em casa e outra no trabalho. Assim, se esquecer de tomar em casa, poderá fazê-lo no trabalho;
-Quando viajar, leve quantidade suficiente  de remédios para o período que estiver fora;
--Se forem vários medicamentos a tomar, faça uma lista com nome, dose e horários de cada um e deixe-a fixada em local visível. Muitas vezes eles podem ser tomados ao mesmo tempo (pergunte ao seu médico);
-Não deixe de tomar os medicamentos para hipertensão, mesmo que seja fim de semana. Não descontinue os medicamentos, mesmo se você for consumir bebidas alcoólicas, mas não exagere;
-Não interrompa o uso de medicamentos para hipertensão de maneira súbita e sem orientação do médico. Pode haver uma crise de elevação rápida da pressão com graves consequências;
-Nunca interrompa o tratamento por conta própria,seja porque o remédio acabou, porque a pressão está controlada, ou porque vai viajar;
-Caso sinta algo diferente com o uso dos remédios, consulte o seu médico.














segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Fumo é associado com aumento do risco de mal de Alzheimer, diz estudo"

                                                              
SÃO PAULO - Fumar muito na meia-idade pode aumentar até duas vezes o risco de desenvolver o mal de Alzheimer e outras formas de demência, segundo uma nova pesquisa publicada na última segunda-feira na revista Archives of Internal Medicine, que sairá em fevereiro de 2011 na edição impressa.
O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas dos Estados Unidos e da Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnósticos de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum) e demência vascular (a segunda forma mais frequente), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos voluntários era de 71,6 anos, a 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 pessoas (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia no período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco dessas doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral, e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também colabora com o estresse oxidativo e inflamações, que se estima serem importantes para a ocorrência de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores. 

Tópicos: AlzheimerDemênciaFumoCigarroTabacoVidaSaúde

"Esquecimento na velhice NÃO é normal"

                                                        


03/12/2010 - por Viviane Abreu
Hoje, pela manhã vim para o trabalho de taxi. Logo na subida da Ministro, um senhor 
de mais idade atravessou no meio da rua - fora da faixa de pedestres - obrigando
 o calmo motorista a frear bruscamente. Foi o motivo para engatarmos no 
assunto: idosos e suas causas.


Ele diz, então que acabava de lembrar-se que precisava ligar para a irmã mais 
velha pedindo para conversar com a mãe deles, de 83 anos, que havia subido
 numa cadeira e sentido tontura, pois é a única pessoa que a mãe ouve e respeita. 

Curioso como me soou muito familiar aos ouvidos... Podem imaginar como foi a
 conversa até o final do trajeto? 

A mãe dele trata-se com médico geriatra (que bom!) que considerou
 o esquecimento como normal da idade. Ponderei com o rapaz que pode não ser bem
 assim...

Ele, então, relatou que a mãe tem esquecido o fogo ligado, queima as panelas. 

Questionei-o quanto aos esquecimentos e problemas de saúde: ela é hipertensa.

1. Será que tem se esquecido de tomar os remédios também? 

2. Será que tem tomado os remédios em excesso porque esquece que já tomou?

3. Alguém está seguindo a caixa de medicação dela para saber se está sendo
 tomada corretamente? 

"Eu não havia pensado nisso", foi a resposta que freqüentemente ouvimos
 na prática.

"O que mais impressiona a família, continuou ele, é a apatia dela. Ela não
 era assim antes."
Portanto, a mãe desse rapaz tem esquecimentos percebidos pela família 
somados com a alteração de comportamento que facilmente é confundida
 com depressão, a APATIA 

Vejam bem, a orientação nesse caso, é que a família retorne ao médico,
 insista com ele que faça uma pesquisa mais aprofundada sobre as funções
 cerebrais através de pesquisa clínica e de aplicação de testes rápidos para
 memória e outras funções cognitivas, além de ajudar a manejar a situação
 de saúde, as alterações de comportamento e a orientar a família e 
cuidadores. 

Mesmo que um médico diga que não é Alzheimer, existem muito outros 
tipos de demência, inclusive a demência vascular que pode dar esse tipo 
de sintoma e tem que ser pesquisada e afastada como hipótese diagnóstica.


Fonte: http://www.abraz.com.br/noticia.php?Id=10

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Alois Alzheimer: o investigador do Cérebro"

                                                   
Ótimo artigo na revista Mente e Cérebro.


http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/alois_alzheimer_-_o_investigador_do_cerebro.html

"Alois Alzheimer"


Aloysius Alzheimer (Marktbreit, 14 de junho de 1864  Breslau, 19 de dezembro de 1915) foi umneurologista alemão conhecido sobretudo por ter sido o primeiro autor a reconhecer com entidade patognómica distinta a doença neurodegenerativa que hoje tem o seu nome (doença de Alzheimer ou  mal de Alzheimer).
Alzheimer trabalhou também com Emil Kraepelin,autor da primeira classificação moderna dos vários tipos de doença psicótica.

Vida e obra

Aloysius Alzheimer nasceu em 1864, na cidade alemã de Markbreit, Baviera. Estudou nas universidades de Tübingen e Würzburg.
Era filho de Eduard Alzheimer e Theresia Alzheimer, sua segunda esposa. Casou- se em 1894, com Nathalie Geisenheimer.
Em 1901 descobriu o que era a doença e como ela agia em nosso córtex. Foi uma grande descoberta.
Em 1906 apresentou, durante um congresso científico na Alemanha, a doença do cótex cerebral ( mal de alzheimer ). Junto com o Dr. Emil Kraepelim, também cientista, escreveu em 1910 o livro "manual de psiquiatria".
Alois morreu em 1915 por conta de uma grave infecção cardíaca.

domingo, 7 de novembro de 2010

"Enxaqueca"

Enxaqueca: Seis hábitos que você deve evitar para não piorar a dor 

 

As causas são genéticas, mas os sintomas podem ser desencadeados pelo estilo de vida

Por Andressa Basilio
 
A dor de cabeça parece que já faz parte do nosso dia a dia. São tantas as atividades, os problemas, o estresse e as cobranças que é inevitável sentir, ao final do dia, aquelas pontadas latejantes lá no fundo. Pior é quando essas dores passam a ser constantes e intensas. Aí vem aquela sensação de que a cabeça vai explodir, os olhos ficam sensíveis à luz e a qualidade de vida cai muito. O nome disso? Enxaqueca.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), existem mais de 150 tipos de dor de cabeça. Dentre elas, a enxaqueca é, talvez, a que mais afeta a qualidade de vida dos pacientes. "A enxaqueca é muito mais que uma dor. Dá a sensação de que a cabeça está enorme, pulsando, martelando ou que o cérebro está sendo pressionado num ritmo enlouquecedor. Tudo passa a incomodar: a luz é uma tortura, os odores são um sacrifício, os sons transformam-se em ruídos ensurdecedores, o estômago revira e os vômitos são a consequência natural. Esse martírio pode durar dias, num vai e vem de intensidade maior e menor que impede a realização da maior parte das atividades do dia", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, da Unifesp. 


dor de cabeça - foto: getty images 

Segundo a SBC, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com esse problema e, dentre esses, 75% são mulheres. "Muitas podem ser as causas da enxaqueca, desde problemas tensionais, normalmente associados ao estresse, até resultantes de tumores, aneurismas, medicamentos fortes e até ressaca", ensina a especialista. Uma pesquisa recente publicada na Nature Medicine descobriu que o DNA pode fazer umas pessoas serem mais propícias a ter enxaqueca do que outras. Tudo por conta da presença de um gene conhecido como Tresk, que faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor, inativando-as. Os especialistas agora estão focados na formulação de um medicamento que ative essa área do cérebro.

Quem sofre com a dor insuportável sabe o quanto é difícil ficar simplesmente esperando que ela passe. Mas, para além dos vários tratamentos para o problema, existem alguns hábitos que quem quer se livrar de vez da enxaqueca, deve abandonar. Confira a lista abaixo: 


enxaqueca - foto: getty images 

1. Abuso de analgésicos
Quem abusa de analgésicos para se livrar da dor, ou seja, toma mais de um comprimido por semana corre o risco de alimentar a própria dor. "O analgésico bloqueia todos os mecanismos de defesa natural para combate da dor de cabeça. O uso prolongado e indiscriminado desse tipo de medicamento faz com que o corpo fique dependente do medicamento", explica a neurologista Claudia Klein, especialista do Minha Vida.

Em outras palavras, o organismo fica viciado a tal ponto que passa a "produzir" a dor para que o analgésico precise agir. Além disso, o analgésico também impede a produção de serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, agravando a dor depois de certo tempo. "Muitas pessoas costumam tomar o analgésico ao menor sinal de dor e, assim, esquecem de tratar o problema. É preciso buscar tratamentos reais com medicação indicada o médico especialista", aconselha Claudia Klein.

 
2. Má alimentaçãoDe acordo com a neurologista, alguns alimentos devem ser evitados por quem sofre de enxaqueca, como, por exemplo, o aspartame, condimentados, leite e derivados, alimentos cítricos, chocolate e café. "Esses alimentos contêm substâncias que interagem com a bioquímica cerebral do organismo, alterando a ação de determinadas enzimas e diminuindo a quantidade de serotonina, hormônio ligado à enxaqueca", explica Claudia Klein. Além disso, a especialista afirma que pior do que o consumo desses alimentos, é ficar em jejum por tempo prolongado - mais de 4 horas sem comer - ou ter uma alimentação baseada em frituras e doces, por isso, ter um cardápio equilibrado e controlado é uma ótima medida preventiva.  

cigarro - foto getty images
3. TabagismoQue fumar é uma bomba para o organismo, todo mundo já sabe. A novidade é que, além de todos os males, a nicotina ainda é associada à alteração da circulação sanguínea e enrijecimento dos vasos sanguíneos, o que, segunda a neurologista Claudia Klein, também pode acabar provocando a enxaqueca.

Além disso, um recente estudo norueguês publicado pela revista médica Neurology avaliou 6 mil estudantes e descobriu que o tabagismo, associado ao sobrepeso e ao sedentarismo, triplica as chances de jovens desenvolverem enxaqueca. Os autores disseram não ter ficado claro se esses fatores do estilo de vida provocam a cefaleia ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis. Pelo sim, pelo não, é melhor prevenir e ficar longe do cigarro.  


4. Ser sedentário Um dos grandes males da população, os hábitos sedentários afetam em muitos aspectos a qualidade de vida. Além de contribuir para o surgimento de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, o sedentarismo é uma porta aberta para a enxaqueca.

Uma pesquisa conduzida na Suécia demonstrou que pessoas que se envolvem em um programa de atividades aeróbicas apresentam queda significativa na frequência e intensidade das dores de cabeça crônicas e enxaqueca. O programa de treinamento aplicado na pesquisa consistia em treino de 40 minutos de bicicleta ergométrica praticada três vezes por semana.

"A pessoa que sofre de enxaqueca já tem uma produção baixa de serotonina, e os exercícios físicos estimulam a produção desse hormônio. Se a pessoa não fizer nenhum tipo de atividade que compense essa baixa, vai ser difícil reverter o quadro", explica a neurologista Claudia Klein. 


sedentarismo - foto: getty images
5. Consumir álcool Como a enxaqueca é um problema de origem vascular, cuja dor é provocada pela contração e dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser uma opção ruim para quem lida com o problema. A especialista Claudia Klein explica: "As bebidas alcoólicas quando ingeridas em excesso provocam dilatação dos vasos do corpo e do cérebro, o que acaba acentuando o incômodo da enxaqueca."

6. Se render ao estresse

Tudo o que gera estresse e desequilíbrio para o organismo pode agravar a enxaqueca de quem já tem predisposição. Trabalho em excesso, ficar sem comer por muito tempo, nervosismo, insônia ou dormir pouco, chateação e outros problemas emocionais podem ser uma porta aberta para a dor incômoda. Quem sofre com os dramas do estresse, deve procurar tratamento. Buscar métodos, como massagem e acupuntura, e dar mais valor ao momentos de lazer e relaxamento são atitudes importantes. "A acupuntura é bem eficiente, pois provoca microestímulos que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio de forma natural", garante a neurologista Claudia Klein. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

"Doença de Alzheimer"

               
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor



Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.

Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que.....', frase que me dá arrepios.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?

Como?

Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.

Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.

Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum... Preocupante). 
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. 
Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. 

Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar 
exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. 
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. 

Tente fazer um teste:

- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.

A proposta é mudar o comportamento rotineiro!

Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!

Fonte: Internet

"Transtorno Bipolar e o risco de suicídio"



O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por um padrão de oscilação de humor que pode incluir eutimia, depressão ou mania/hipomania. O perfil neuropsicológico do TB pode se associar a diversas alterações, incluindo déficits de memória verbal, disfunções executivas, entre outros.

Sabidamente, o TB é uma das condições neuropsiquiátricas que mais se associam a comportamentos suicidas. Mais ainda, as tentativas de suicídio destes indivíduos tendem a ser mais letais que em outros transtornos neuropsiquiátricos, e algo em torno de 1/3 dos portadores deste transtorno apresentam ao menos uma tentativa de suicídio ao longo da vida. Alguns estudos investigaram influência de comorbidades (coexistência com outros transtornos psiquiátricos) para risco de suicídio. Neves e colaboradores demonstraram que, dentre portadores de TB, aqueles que também tinham diagnóstico de Transtorno da Personalidade Borderline – transtorno caracterizado por impulsividade e instabilidade emocional – e etilismo tinham maiores chances de tentar suicídio.

Estudos utilizando neuropsicologia também podem auxiliar na identificação de indivíduos que apresentam risco para tentativas de suicídio. Recentemente, Malloy-Diniz e colaboradores compararam portadores de TB que haviam tentado suicídio àqueles que nunca tiveram tentativas de suicídio. Os resultados demonstraram que os portadores com tentativas pretéritas de suicídio apresentavam piores resultados em tarefas de avaliação de tomada de decisão, revelando maior impulsividade neste grupo.

Estes estudos revelam que a avaliação neuropsicológica pode ter utilidade na prática terapêutica ao identificar indivíduos com riscos. 


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Doença de Alzheimer"


                                                                    


A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer...
                                                                            Arnaldo Antunes




                                                   

ALZHEIMER - Casos aumentam no Brasil



Qua, 01 Set, 04h58
(BR Press) - Alterações comportamentais, repetições, dificuldades para lidar com tarefas complexas e planejamento, perda da habilidade espacial e de organização, esquecimento. Esses são alguns dos sintomas mais comuns do Mal de Alzheimer. Segundo estimativas, a doença atinge cerca de 5% da população brasileira com idade igual ou superior a 65 anos e que, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, matou seis vezes mais brasileiros na última década - em 1999 foram cerca de 1.300, já em 2008, o número pulou para quase oito mil.

É bom saber
Sem causa conhecida, a doença ainda assusta a população e, por isso, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) lança a Campanha Nacional de Conscientização sobre o Alzheimer, que acontece durante o mês de setembro em todo o país. São mais de 40 palestras para esclarecer dúvidas e alertar para a importância do diagnóstico precoce na melhoria da qualidade de vida do paciente. Em média, a descoberta da doença demora três anos e, em 95% dos casos, os pacientes morrem nos primeiros cinco anos após as primeiras manifestações do problema.
"Se o paciente receber o diagnóstico precoce a qualidade de vida pode melhorar, porque a evolução da doença é menor. Se a família recebe orientação e apoio, consequentemente a qualidade de vida também melhora. Em termos de tratamento também muda. Há uma resistência muito grande na nossa cultura de entender que há uma melhora na qualidade de vida, mesmo que não haja cura. Precisamos fazer com que as pessoas acreditem nisso, porque é verdade", afirma a coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da ABN, Márcia Chaves.
O Alzheimer está associado ao envelhecimento, sendo responsável por 10% dos casos de demência em pessoas acima de 65 anos e 50% acima dos 80. A prevalência da doença aumenta conforme a idade, ou seja, a cada cinco anos as chances de desenvolver o problema dobram, sendo que entre 65 e 69 anos as probabilidades sobem cerca de 2,5%, podendo chegar a 5% na faixa a partir de 80 anos.
Música e leitura
A doença leva cerca de dez anos para manifestar os primeiros sinais clínicos, logo, há estudos que sugerem a possibilidade de "adiar" em até seis anos o seu aparecimento, realizando algumas atividades que melhoram a nossa cognição, como leitura, dança e tocar instrumentos musicais. Porém, isto deve ser deve ser feito pelo menos três vezes por semana durante um período não menor que 20 anos.
"O mais comum é que a doença apareça a partir dos 65 anos, então precisamos fazer essas atividades com antecedência", diz Márcia. "Podemos também combinar atividades que evitam doenças cardíacas e incluir a leitura para ajudar também contra o Alzheimer",
Depressão
Segundo estudos, ainda não há um consenso sobre a depressão como um fator de risco para o desenvolvimento do problema. Mas um indivíduo apático, ou seja, que não procura atividades de lazer, leitura ou convívio social, possui chances aumentadas de ter o Mal de Alzheimer. 
Com o tempo, a doença prejudica o organismo do portador de forma indireta. "As pessoas ficam acamadas e isso causa comprometimento, porque o paciente tem dificuldade de se alimentar e de movimentação. Isso torna o organismo mais suscetível à infecções, porque há mais dificuldades de controle das funções básicas. O mais frequente é a decorrência de um quadro infeccioso pulmonar", explica Márcia Chaves.
Porém, a presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Viviane Abreu, lembra que é possível adiar e amenizar esse quadro. "Na reabilitação de portadores de Alzheimer temos profissionais que vão ajudar a adiar esses problemas de controle de atividades naturais, por exemplo. Os pacientes fazem atividades físicas que retardam esses sintomas, os deixam mais leves e facilita os cuidados, além de diminuir as infecções, preservando melhor a cognição", diz.
O Dia Mundial do Alzheimer acontece a cada 21 de setembro e traz campanhas educativas em diversos países. 




domingo, 7 de março de 2010

"V- Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada"


O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos 

"Prisioneiros da cadeira"


Homens foram feitos para andar, mas passam o dia todo sentados, diz médico

O corpo do Homo sapiens foi moldado para o movimento. Para caçar, nadar, plantar e sobretudo, caminhar. Mas mudamos radicalmente nosso estilo de vida nos últimos anos, tornando-nos cada vez mais sedentários. Atualmente, a maioria da população passa grande parte do tempo sentada. São em média, 10 a 15 horas por dia no carro ou ônibus, no trabalho, em frente a TV. Sem falar nas horas de sono. As pessoas praticamente não andam mais e se movimentam muito pouco, constata o endocrinologista James Levine, da Clínica Mayo, em Rochester, nos EUA, que há dez anos estuda o papel dos movimentos cotidianos (atividades que queimam calorias mas não são exercícios físicos) em nosso metabolismo.
O especialista, autor de "Mexa-se um pouco, emagreça muito" (Ed Rocco), fez a fascinante descoberta: as pessoas que se movimentam mais queimam até 350 calorias extras por dia, o equivalente a mais  de 15 kilos por ano. Por isso, acredita, a epidemia de obesidade estaria diretamente ligada à imobilidade do homem moderno. E de nada adianta ir com frequência  à academia  ou mesmo fazer uma corrida matinal, segundo o especialista, se, ao longo de todo o restante do dia, permanecemos sentados. O risco de engordar e de desenvolver problemas cardíacos e doenças como diabetes permanecerá elevado. Em resumo, passar muito tempo sentado é ruim para a silhueta e a saúde. "Nossos ancentrais queimavam tudo o que ingeriam se deslocando, buscando alimento, procurando abrigo, se reproduzindo. Alteramos a nossa maneira natural de viver e nos aprisonamos em cadeiras, atrás de computadores", afirma Levine. A solução deve ser nos tornarmos naturalmente mais ativos."

Dicas de movimento:
Para o endocrinologista James Lavine, ir à academia é muito bom, mas é preciso também inserir mais movimento no dia a dia. Veja como fazer isso em casa e no trabalho.
-A caminho do trabalho: Se der para abrir mão do transporte, caminhe para o trabalho. Se for muito longe, busque estacionar a alguns quarteirões de distância ou descer um ponto antes.
-Escadas: Tente não usar elevador. Encare os degraus.
-Reunião: Faça as reuniões caminhando, em vez de sentado. São 100 calorias extras por hora. Se não der, ao menos fique de pé.
-E-mails: Em vez de mandar um e-mail para uma pessoa que trabalha no mesmo escritório, ande até ela.
-Telefone: Procure sempre caminhar enquanto fala ao telefone.
-Almoço: Procure caminhar durante uma parte da hora do almoço. Junte os amigos e faça um passeio.
-Jantar: Adicione 20 minutos de caminhada antes do jantar. Ou retome o hábito de dar uma volta depois da comida.

Fonte: "Jornal O Globo" do dia 28 de fevereiro de 2010. 

sábado, 6 de março de 2010

"Canção na Plenitude"

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada", Editora Mandarim - São Paulo, 1997, pág. 151.

A Suave Subversão da Velhice"



Uma ótima reportagem para lerem da jornalista Eliana Brum!
Boa leitura à todos!
Abraços,
Dra Nazaré 


http://epoca.globo.com/edic/20011224/especial1a.htm

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Retrato"

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.                                                             

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles

"Síndrome Metabólica"

                                                           
O aumento de peso afeta cada vez mais pessoas e é hoje um problema de saúde pública mundial.
O número de casos continua aumentando em todos os continentes, especialmente na América Latina, em todas as faixas etárias e em ambos os sexos.

Hoje sabemos que a distribuição de gordura é mais importante que o peso em si e que seu acúmulo na região abdominal está associado ao risco de várias doenças, como pressão alta ( hipertensão arterial), diabetes, alterações do colesterol (dislipidemia) e infarto do miocárdio.
Quando associadas, estas doenças recebem o nome de Síndrome Metabólica.

O tratamento deve ser permanente e consiste em:
  • Alimentaçao equilibrada;
  • Atividades físicas regulares;
  • Perda de peso;
  • Medicações adequdas.
O que seria uma alimentação saudável?
Completa?
Balanceada?
Equilibrada?

  • É completa quando contém todos os nutrientes indispensáveis para o nosso dia-a-dia e balanceada quando esstes ingredientes são ingeridos na quantidade correta.
-Pergunte-se se suas refeições sempre contêm um equilíbrio entre carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e minerais?

Hoje em dia é comum substituirmos as refeições completas por lanches rápidos, muito calóricos e pouco nutritivos ou mesmo não consumirmos todos os grupos alimentares ao longo do dia.
Ex: frutas, carnes, leite...

Pessoas bem nutritas apresentam um sistema imune mais saudável e garantem maior disposição e melhor qualidade de vida.

Faça um teste simples, analise seus pontos e veja como está o seu estado nutricional.

Circule o número para aquelas afirmações que se aplicam a você.
Some os números circulados e veja seus pontos.                                                    
                           
                                                                                                                          

-Eu tenho uma doença ou uma condição que me fez mudar o                         2
tipo e a quantidade de alimento que costumava comer.

-Eu faço menos de duas refeições completas por dia.                                       3
(Não almoço ou não janto.)

-Eu como poucas frutas ou vegetais ou leite e derivados.                                2

-Eu bebo três ou mais doses de bebidas alcoólicas quase todos                       2 
os dias.                                                                                         

-Eu tenho problemas de mastigação ou deglutição que dificultam                 2
a alimentação.      

-Eu nem sempre tenho dinheiro suficiente para comprar a                             4
alimentação que necessito.                                                        
                                                                            
-Eu como sozinho na maioria das vezes.                                                           1

- Eu tomo 3 ou mais medicamentos por dia.                                                    1

-Mesmo sem desejar, eu perdi ou ganhei 4,5 kg nos últimos                           2        
6  meses.

- Eu nem sempre me sinto disposto para fazer compras, cozinhar e/ou           2
me alimentar.

- Total de pontos: verificar na tabela abaixo o resultado obtido.

  • 0 a 2 pontos: excelente, faça um novo teste em 6 meses.
  • 3 a 5 pontos: você apresenta um moderado risco para má nutrição. Veja o que seu médico ou nutricionista pode fazer para melhorar os seus hábitos alimentares e estilo de vida. Faça um novo teste em 3 meses.
  • 6 pontos os mais: você apresenta um alto risco para má nutrição. Leve este teste na sua próxima consulta com seu médico ou nutricionista. Converse com ele sobre problemas que você pode ter em função de seu estado nutricional atual. Peça ajuda para melhorar sua alimentação.
Você não precisa estar com fome ou abaixo do peso para estar com deficiências nutricionais.
Pergunte ao seu médico e/ou nutricionista algumas dicas de boa nutrição.

NÃO SE ENGANE:
-Estar acima do peso não significa estar bem nutrido!

Fonte: Abbott Nutrion

Um abraço à todos,
Dra Nazaré